Por um amor não correspondido, por uma vida não vivida, e por alguém que morre por não ter o amor desejado.
Pela amizade acabada pelo amor desmedido.
Pela Fúria de uma paixão que não vai p/ frente.
E ele julgava que o amor não existe, eu gostaria de lhe dar a mão agora e dar-lhe um beijo mas calo-me. sozinha esgano a vontade de o amar e ele fica ali a reclamar, às vezes chora entre os gritos e os movimentos do braço que batem no espaço, às vezes sorri com o silêncio a desapertar-lhe os botões da camisa, está calor. eu sento-me numa rocha e fico ali, perdida entre os pensamentos nele e a voz dele rompendo o espaço. o amor existe, querido o amor existe. ele não ouve e continua, a água quieta molha-me os pés. e a amizade que lhe tenho, essa que de repente se transformou em amor, sem me dar conta antecipa-se e abafa a minha vontade de te-lo entre os meus braços. pensamentos súbitos na morte, vontade de desaparecer e ele continua longe, a uns passos daqui agita o ódio por uma moça qualquer que o fez sofrer. não sei o que deveria fazer agora, despistar a vontade de morrer, conhecer-lhe unicamente na amizade? amo-o tanto... tanto!!! não consigo vê-lo só como amigo, não posso. arde-me no peito um amor em forma de coração, corre-me pelo sangue. digo-lhe que quero ir embora e ele abate a sua fúria momentâneamente, vem ao meu encontro, estremeço. apetecia-me dizer-lhe calo-me e ele antecipa-se-me em mãos que se dão à pressa. ele não sabe o mal que isto me faz, sem querer deixo crescer-me o amor e fujo. ele corre atrás de mim mas eu não sei para onde vou, escondo-me à pressa entre os arbustos e desapareço-lhe da vista. a linha do horizonte cava-me nos olhos a tristeza. a amizade não basta mas sei que é o único sentimento que ele pode entregar-me e não é pouco. choro. de repente até a morte faz mais sentido que tudo isto, corro pela esttrada como uma louca, já nada mais me importa. já nada mais me interessa. se eu ficasse ele não me entenderia, daqui a uns anos era eu a sofrer sozinha e calado e ele a reclamar de uma moça qualquer e de um amor que não existe. por isso vou, empurro-me o corpo contra a frente de um caminão. agora e antes que a morte me leve, grito. grito-te querido. o teu nome e o amor que te tenho. Quando agente se apaixona pelo melhor amigo é um problema sério... Pior ainda quando ele não se apaixona pela gente. Aí eu tenho que me sacrificar, sacrificar o meu amor pela amizade e permanecer calada para que tudo fique calmo e pra que a nossa relação não acabe. Se eu pudesse me controlar e mandar nesse coraçãozinho maluco eu o proibia de se apaixonar por amigos. Eu amo meu melhor amigo, eu confesso. Mas pra manter a nossa amizade, eu fingo que não sinto nada além de amizade, mas morro de ciúme quando ele está com outra garota, quando passa por mim e mal fala, quando ela abraça outra pessoa... Mas ele é meu amigo acima de qualquer coisa, até acima de mim. Amizade valorizada é amor morto! Assim.. Amizade.... é Amor... mas é amor puro, ingênuo... sem distinção de sexo, quando essas coisas começam a se misturar, talvez não dê certo... Amor... não é amizade... é cumplicidade!
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