Pesquise um Momento...

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Quando o amor se torna falta de amor?

Não me passa pela cabeça alguém se matar por amor, tão contraditório, não?
Minha próxima postagem seria sobre eu e meu outro lado, minha dupla personalidade ou até mesmo minha personalidade bipolar, mas hoje algo entrou pela minha garganta e me engasgou: se matar por amor não é o mesmo que não amar?
Não entendo, alias, não aceito! Qualquer desculpa esfarrapada não vale como justificativa para que alguém se mate, aliás, uma desculpa talvez justifique e até classifique o motivo de se matar: Vingança!
Só alguém que não tem nenhum amor próprio pode cometer isso, para se vingar dos que a amam por não se sentir valorizada suficiente.
É compreensível que passe pela cabeça de muita gente se matar, aquela pessoa que dava tanto significado pra sua vida já não está lá mas a ideia é justamente levantar a cabeça e seguir em frente!
Me engasga ainda mais a mania que a família sempre tem em tentar achar um culpado. Culpados são aqueles que apontam uma arma para a cabeça, seja da própria cabeça ou da cabeça alheia, seja arma de fogo ou uma corda enrolada no pescoço. Não importa na verdade qual a classe que está a arma ou a parte do corpo, metaforicamente é uma arma na cabeça! Esse sim é covarde, culpado e fraco!
Ok.. até agora falei como alguém que vê por fora, mas e se é com alguém da nossa própria família? Um ente querido?
é muito mais difícil quando isso acontece, muito mais difícil do que simplesmente falar, mas o que resta é perdoar seja lá quem estivermos culpando e orar... para que se realmente há um Deus (e eu creio nisso) que Ele perdoe e dê ao menos descanso á essa alma!
Mas não muda o fato de que se matar por amor é o mesmo que não amar.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Das coisas da vida que eu não falei...


Algumas vezes me sinto assim, sem palavras por vontade. Por medo de julgamentos, por medo de testes, más interpretações ou má vontade.
Um moleton do Led Zeppelin, umas músicas novas e o pior: A saudade.
Melancólica sim.
Sair da realidade é algo bom, pena que se esta torna ruim quando comparado ao sonho.
Aqui é a vida acordada.
Ah, se eu pudesse escolher.....


Tem dias que a loucura bate á porta e eu tenho uma vontade imensa de atender e dizer um sonoro: Seja bem vinda! Talvez me falte coragem ou talvez eu nunca a tenha tido.
O que mais me dói é continuar vivendo entre esses mundos tendo a consciência de que talvez os loucos me entendessem melhor. Aquele desatino repentino de simplesmente fazer o que lhe vem á mente, dizer o que pensa e ter a consciência tranquila ao invés de ficar nessa resignação pelo medo do amanhã.
Quem sabe um dia....

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

No mais, tô nem aí. Refrão e desabafo.

ô nem aí pro futuro, pra celulite, tô nem aí para queixas datadas, tô nem aí pro telefone mudo, pros surdos, pro preço do combustível, tô nem aí se vai chover amanhã, se o presidente vai viajar, se vai voltar, tô nem aí.

Pra discussão sobre maioridade penal, violência e barbárie, tô aí. Pro fim desta impunidade que incrementa a bestialização das nossas vidas, tô muito aí.

Tô nem aí pros especuladores da vida alheia, pro Schwarzenegger, pros índices de audiência, tô nem aí se fui convidada ou preterida, quem é a primeira da lista, a segunda, a última, tô nem aí pro novo namorado da Nicole, pras declarações da Luana, quem é gay ou não, com silicone ou sem, se é virgem, se é rodada.

Pros sentimentos das pessoas, tô aí. Para seus desejos e dúvidas, para seus medos e ousadias, tô aí. Para tudo aquilo que tem consistência, para tudo aquilo que nos comove, para o leve e o denso, para a alegria genuína e para o luto, tô aí, sim.

Tô nem aí para quantas calorias tem um bife, tô nem aí pra corrida espacial, se há vida após a morte, tô nem aí pro carro do ano, pra musa do próximo verão, pro gol mais bonito do domingo, pra manchete da capa de amanhã.

Para a grosseria e a falta de delicadeza que corrói as relações, tô aí. Para a brutalidade das pessoas, pro egoísmo, pra falta de educação e civilidade, para todos que possuem uma nuvem preta acima da cabeça e a carregam pra onde quer que vão, tô aí e me dói profundamente.

Tô nem aí pro que foi decidido na reunião de condomínio, na reunião de cúpula, na reunião de mães, nas reuniões que duram mais de dez minutos, tô nem aí pro salário dos outros, pras novas tendências, pra cotação das minhas ações no mercado externo.

Tô aí pra alguns, pros meus. Tô aí e estou aqui. Estou atenta. Estou dentro. Estou me vendo. Estou tentando. Estou querendo. Estou a postos só para o mínimo, o máximo. Para o que importa mesmo. Para o mistério. A verdade. O caos. O céu. O inferno. Essas coisas.



Martha Medeiros

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Pra todo bom entendedor...

Meia música basta!

(...)A vida era difícil mas juntos tudo estava bem
Algumas brigas claro mas isso é tão normal quando se quer alguém
Como eu quis você.

Eu quis matar todos seus amigos
Falsos e fingidos que sorriam ao me ver
E encontrava companhia num copo de bebida, um cigarro ou outra droga qualquer
Já que eu não tinha mais você.

Reaprender o caminho pra casa não foi algo tão simples
Nos primeiros dias eu me perdia nos meus passos sem você,
Eu mal sabia o que fazer
De vez em quando a gente se encontrava nas escadas
Eu tentava dizer algo, você sempre dava risada, tudo vai acabar bem.

Quase dez anos depois, eu consigo entender
Que eu tinha que continuar fosse com ou sem você
Nem sei como cheguei aqui
Mas saiba que eu estou feliz
A sua falta quase me matou,
Hoje eu tenho tudo o que eu sempre quis.(...)

Mas pra todos que não são bons entendedores...


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013


... e me anoiteço ainda mais e me entrevo tanto quando estás presente e novamente me tomas e me arrancas de mim me desguiando por esses caminhos conhecidos onde atrás de cada palavra tento desesperado encontrar um sentido, um  código, uma senha qualquer que me permita esperar por um atalho onde não desvies tão súbito os olhos, onde teu dedo não roce tão passageiro no meu braço, onde te detenhas mais demorado sobre isso que sou e penses quem sabe que se aceito tuas tramas, e vomitas sobre mim, depois puxas a descarga e te vais, me deixando repleto dos restos amargos do que não digeriste, mas mesmo assim penses que poderias aceitar também meus jogos, esses que não proponho, ah detritos, (…)
(Caio Fernando Abreu. À beira do mar aberto, in: Os dragões não conhecem o paraíso)